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07/12/2007 00:00:00

Polícia


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Ao ser apresentado, agora há pouco, o suposto tarado da motocicleta Luiz Daniel Correia, 28 anos, negou que tenha estuprado as vítimas. De acordo com o próprio acusado, ele não é o tarado que a Polícia Civil de Alagoas procura. “Vão me prender e os estupros vão continuar acontecendo”, declarou o preso. Apesar de ter sido reconhecido por cinco mulheres que foram estupradas, o suspeito afirma que as investigações foram equivocadas.

O advogado e pai do acusado, Luiz Correia, foi além ao defender o filho. Segundo ele, Luiz Daniel foi vítima de uma farsa montada pela Polícia Civil. O caso está sendo conduzido pelo 1ª Delegacia da Mulher de Maceió. A prisão temporária de Luiz Daniel Correia foi decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Paulo de Barros Lima. Luiz Daniel foi preso quando ia para a aula, no Senac, onde fazia um curso de frentista.

Luiz Daniel alegou que trabalha como motorista para o próprio pai e que “não seria burro de estuprar as mulheres que moram perto dele”. O suspeito destacou ainda o fato das mulheres não terem pulado da motocicleta, quando eram raptadas por ele. “Se eu fosse mulher e alguém viesse me colocar numa moto para estuprar eu pularia”, disse em entrevista.

No entanto, a Polícia Civil está convicta de que Luiz Daniel é o motoqueiro estuprador. Ele foi posto com mais quatro pessoas com as mesmas características físicas para serem reconhecidos pelas vítimas. As cinco mulheres apontaram para ele. Uma delas chegou, inclusive, a passar mal e foi socorrida pelos policiais.

Luis Daniel informou que nos últimos 30 dias havia emprestado a moto a um amigo conhecido como Anderson, que seria usuário de drogas. Ele não acusa o amigo, mas mesmo assim a Polícia Civil pôs Anderson frente a frente com as vítimas, que negaram ser ele o estuprador. Ou seja, tudo de fato aponta para Luis Daniel, que segue negando os crimes.

O suposto estuprador é bastante articulado. Ele nega que tenha dito – quando passou pela Coordenadoria de Emergência Armando Lages (Coemal) – que era soropositivo. “Eu não tenho aids. Minha ex-mulher ainda está viva e tenho quatro filhos. Não sou bandido. Trabalhei como agente penitenciário e sei que há muitos inocentes presos no sistema. Eu serei mais um”, destacou.

A família de Luis Daniel está desesperada com a informação de que o jovem pode ser transferido para o sistema prisional. De acordo com o advogado e pai, é uma condenação antecipada, já que há – inclusive – a possibilidade dele ser violentado e assassinado dentro do sistema prisional.

O delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Alberto Reis, destacou que será feito os exames para saber se Luiz Daniel está infectado ou não com o vírus da aids. A informação, na manhã de hoje, é de que ao ser socorrido para o hospital ele teria assumido a doença. No entanto, Luis Daniel – como dito na matéria – nega. O diretor da Polícia Civil diz que o acusado passou mal em virtude de não ter se alimentado durante todo o dia de ontem.

com alagoas24horas.com.br



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