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22/11/2007 00:00:00

Interior


Interior
A vida da população da pacata cidade de Mata Grande, localizada no Sertão alagoano, ficou bastante agitada na última segunda-feira (19) após o surgimento da notícia de que um homem estaria sendo enterrado vivo. Tudo aconteceu durante o sepultamento de Antônio Benvinda Pereira (90), ocorrido no cemitério municipal.
 
Antônio Pereira, antes de morrer, foi transferido para Paulo Afonso/BA e no caminho ficou sem respirar por seis vezes. Evitando que o pior acontecesse, o médico mandou transferi-lo às pressas para outro hospital e no caminho o homem voltou a parar de respirar por várias vezes.
 
 “Todas as vezes em que ele parava de respirar eu parava a ambulância para olhar, até que em uma dessas vezes a enfermeira e a nora do seu Antônio falaram que ele tinha acabado de falecer”, alegou o motorista da ambulância Maferson Brandão.
 
No decorrer da viagem de volta à Mata Grande o homem começou a respirar mais uma vez, fazendo com que a enfermeira gritasse: “ele está vivo, está respirando novamente”.
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O motorista, sem praticamente entender nada retornou às pressas ao hospital em busca de socorro para o ancião. Horas depois, já no hospital, foi confirmado que Antônio Pereira havia falecido por conta de insuficiência respiratória.
 
Durante a sentinela, em Mata Grande, tudo estava normal como em outro velório qualquer. Já no cortejo algumas pessoas perceberam que o finando estava suando dentro do caixão e começaram a deduzir que o homem estaria vivo.
 
Chegando a cova onde seria sepultado, um sobrinho do seu Antônio exigiu que os coveiros abrissem a tampa do caixão para averiguar se o seu tio estaria ou não vivo. Todos os presentes foram persuadidos e acreditaram na hipótese do homem estar vivo e resolveram chamar um médico até o local.
 
Em poucos minutos a notícia se espalhou e o cemitério ficou lotado para ver o defunto que havia ressuscitado. A cena causou medo e curiosidade aos matagrandenses.
 
“Como é que o corpo de um morto fica quente e suando? Achei estranho e mandei chamar um médico para tirar a dúvida de todo mundo que estava lá”, falou assustado Antônio Fernando (60), sobrinho do falecido.
O médico, ao receber o chamamento da família, ficou surpreso quando informaram que tinha um “defunto vivo” no caixão. Ansioso, ele foi até o cemitério para verificar se estava vivo mesmo como recebeu a notícia. Após a verificação acalmou a todos explicando que o suposto suor era apenas transpiração do corpo, já que a temperatura estava muito alta. O médico convenceu que Seu Antônio estava realmente morto.
 
Na hora do sepultamento muitos ainda insistiam em não sepultar o corpo. “Por mim não o enterraria e esperava mais um pouco”, disse não acreditando nas palavras do médico o sobrinho Antônio Fernando.
 
Apesar da grande confusão instalada no cemitério municipal de Mata Grande, o corpo de Antônio Pereira foi enterrado por apenas três pessoas, visto que as demais se negaram a enterrá-lo com medo de ficarem com o remorso de que o mataram.

com alemtemporeal // Adalberto Custódio



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