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Alagoas
21/03/2011 21:12:18

Servidores da Saúde estadual entram em greve na próxima semana


Servidores da Saúde estadual entram em greve na próxima semana
HGU em Maceió

Com gazetaweb // dulce melo

 

Servidores da Saúde estadual decidem parar por 72 horas a partir do dia 28 de março. A decisão foi tomada durante assembleia geral ocorrida nesta segunda-feira (21). Com a paralisação a sociedade alagoana deixa de ser atendida por unidades importantes como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e também o Hospital de Urgência e Emergência (HUE), além de outras no interior.

De acordo com os servidores, este é o início de um processo de mobilização no Estado, em resposta a falta de negociação com o Governo.


Segundo Olga Chagas, técnica de enfermagem do Hospital de Urgência e Emergência (HUE),antigo HGE, a paralisação é de advertência e tudo dependerá das negociações junto ao Governo do Estado.

“Aguardamos que ele nos receba. Reivindicamos o aumento e a reposição salarial. Desde dois mil e oito amargamos cento e trinta por cento de prejuízo em cima do nosso salário. Durante esse período o governo descumpriu um acordo feito por ele por meio do senhor Júlio Bandeira. À época o governador se mostrou sensibilizado, mas foi tão somente uma estratégia para acabar com o movimento unificado, com a greve. O que nos deu foi apenas uma gratificação, mas se o servidor tiver uma licença médica e precisar se afastar da função, é penalizado”- afirma Olga Chagas.

A técnica de enfermagem alerta para as reivindicações, esclarecendo que a categoria “não somente solicita ou exige do governo a questão do aumento de salário”.

 

Ainda de acordo com Olga Chagas, falta investimento para garantir qualidade de atendimento nas unidades de saúde. “Porque as condições em que se encontra a saúde em Alagoas pode ser considerada de descaso total. É lastimável a situação dentro do HUE. Logo, a nossa preocupação não é exclusividade ligada ao nosso salário. Estamos nos preparando para esse momento de paralisação, mas evitaremos que a população seja penalizada. Vamos parar, mas continuaremos com os trinta por cento de atendimento diretamente com os casos mais complicados que ofereçam risco de morte, porque o nosso compromisso é com a vida. Os outros setenta por cento ficarão na porta da unidade e, caso aconteça algo de grande proporção, deixaremos o movimento para atender. Já deixamos claro que os casos de baixa complexidade devem ser evitados de ir ao HUE porque só atenderemos os especiais”- conclui.

Já o Sindicato dos Médicos, de acordo com o presidente, o médico Wellington Galvão, faz uma última assembleia nesta noite, mas já com o indicativo de greve.

“A situação do médico está muito difícil. Acontecerá uma assembleia hoje à noite e dela pode sair a decisão pela paralisação. Utilizaremos de todos os tramites legais, não podemos deixar de atender na unidade de emergência, mas todos os ambulatórios certamente ficarão sem os nossos serviços. Se houver a opção pela greve de setenta e duas horas, será oficializada e informada ao Governo.Mas, tentaremos o entendimento até a última hora. Inclusive convidamos o secretário para participar da nossa reunião hoje “- esclarece Galvão.

A assembleia da categoria ocorre na sede do Sindicato, a partir das 19h.

Sesau

Por meio de sua assessoria, a Secretaria de Saúde (Sesau) diz desconhecer a falta de negociação entre o Governo do EStado e os servidores da Saúde. Segundo uma nota enviada à imprensa, a Sesau assegura existir uma comissão formada por representantes do órgão, também da Secretaria de Gestão Pública, Uncisal e do Movimento Unificado para discussão do reajuste salarial 'que esteja de acordo com o caixa do governo'.




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