Com alagoasdiario // Fonte MPF-Al
Em reunião na sede da Procuradoria da Rede Pública em Alagoas, os representantes dos Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho discutiram, nesta quinta-feira 17, as falhas na prestação do serviço de saúde no Hospital Universitário (HU).
Para que os leitos já disponíveis no HU possam entrar em funcionamento, o procurador do Trabalho, Rodrigo Alencar (MPT/AL), junto ao promotor de Justiça Ubirajara Ramos (MP/AL), poderão oferecer ação civil pública para que a União realize concurso para o preenchimento dos cargos vagos, necessários à ativação dos leitos já disponíveis no HU.
A proibição de contratação de funcionário, pela Fundeps, continua, segundo eles, com decisão judicial transitado em julgado. Assim, ficou acertada a convocação, para o próximo dia 24, dos gestores das secretarias do Estado e do município para se reunirem com os representantes dos MPs.
Nada disso é novidade
Durante uma audiência realizada no Ministério Público do Trabalho (MPT), em 18 de fevereiro, o procurador Rodrigo Alencar já havia demonstrado a insatisfação quanto à gestão da saúde no Estado.
“É lamentável que, diante da situação caótica da saúde pública no Estado, falte interesse dos gestores em, de fato, resolver a situação. O que ainda me deixa surpreso é que o próprio governador (Teotonio Vilela Filho) demonstrou ao MPT ter todo interesse de implantar os novos leitos, solicitando inclusive, a liberação para contratação temporária e, mais de um ano depois nenhuma proposta foi apresentada”, censurou Alencar.
De acordo com o diretor do Hospital Universitário, Paulo Teixeira, os leitos em questão poderiam elevar em 40% a demanda de atendimentos na unidade. Só no ano passado, o hospital realizou 113 mil consultas e sete mil internações.