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Com maceioagora //
O ex-deputado Francisco Tenório vai permanecer preso, pelo menos por enquanto. É que o pedido de habeas-corpus interposto pela defesa no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi negado nesta sexta-feira (11). A decisão, em caráter liminar, foi da ministra relatora do processo, Laurita Vaz. O ex-parlamentar é acusado de ser autor intelectual do assassinato do cabo PM José Gonçalves da Silva Filho, ocorrido em maio de 1996, em um posto na Avenida Menino Marcelo (Via Expressa), na Serraria.
Francisco Tenório foi preso em Brasília, na noite do dia 2 de fevereiro, por determinação das 7ª e 17ª Varas Criminais da Capital, que atenderam a pedido do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual. Além de Tenório, também são acusados pela autoria intelectual do crime o ex-deputado estadual João Beltrão (PRTB), que teve seu registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral com base na “Lei do Ficha Limpa” e o deputado estadual Antônio Albuquerque (PTdoB).
Ambos chegaram a ser presos em junho de 2008, durante a Operação Ressurgere, da Polícia Civil – quando perderam o mandato por decisão da Justiça, devido à Operação Taturana, da Polícia Federal, que investigou um esquema de desvio de recursos na Assembleia Legislativa de Alagoas. Os nomes dos três parlamentares foram citados, em depoimento, pelo ex-tenente-coronel PM Manoel Francisco Cavalcante ao Gecoc e à 17ª Vara Criminal.
O assassinato do PM – que chegou a ser investigado por suposto envolvimento em crimes de pistolagem – teria sido motivado por queima de arquivo. Oito pessoas, além do ex-tenente-coronel PM Cavalcante, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual à 7ª Vara Criminal como autores intelectuais do crime: Paulo Ney de Moraes; Jaire da Silva Santos, mais conhecido como “Jairo”; Valdomiro dos Santos Barros, o “Cabo Barros”; Talvanes Luiz da Silva; Eufrazio Tenório, o “Cutita”; Daniel Luiz da Silva Sobrinho; Marcos Antônio Cavalcante; e José Luiz da Silva Filho.
