Com maceioagora // Fonte secom-al
Assistência técnica e extensão rural em Alagoas foram os principais assuntos discutidos na reunião que aconteceu nesta terça-feira (8) entre os secretários de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, e da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, e representantes da categoria de agricultores do Estado. A criação de um órgão de assistência destinado ao setor é uma proposta da categoria que deve ser concretizada na nova gestão do governador Teotonio Vilela Filho.
Segundo dados dos últimos anos apresentados pelo vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público Agrícola e Ambiental de Alagoas (Sindagro), Péricles Gabriel, de 125.331 estabelecimentos do Estado, mais de 111.700 são ligados à agricultura familiar.
“Sou ciente de que mesmo se trouxéssemos dez estaleiros para cá, ainda assim não seria suficiente para acabar com o problema da miséria. Para isso é de fundamental importância alavancar a atividade agrícola”, declarou o secretário do Planejamento, Luiz Otavio Gomes.
Na ocasião, foi discutida, entre outros pontos, a natureza jurídica do futuro órgão de assistência técnica e extensão rural. Os representantes da categoria defenderam a criação de uma empresa pública de direito privado. Para o secretário Jorge Dantas, “quem vai decidir de que natureza será o órgão é o governador. A minha opinião é que seja criada uma autarquia especial”, frisou.
Para o assessor técnico da Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Noel Loureiro, “é necessário que se faça uma política de renda para o agricultor familiar, que é responsável por uma boa parte da economia do Estado e precisa ser assistido”.
O presidente do Sindagro no Estado, Marcos Dantas, destacou a importância do serviço de pesquisa e extensão rural. “É uma ligação entre as políticas públicas e o meio rural”. Luiz Otavio Gomes estabeleceu um prazo de 15 dias, quando o governador Teotonio Vilela reassume o seu cargo, para acertar os detalhes das ações direcionadas ao setor agrícola.
Biodiesel – Alguns aspectos do Programa do Biodiesel também foram tratados na pauta da reunião com os agricultores. Para o secretário Luiz Otavio Gomes, em Alagoas o Programa “ainda não disparou”. Segundo ele, o biodiesel feito a partir da mamona é uma alternativa que tem se mostrado pouco viável, embora seja um grande incentivo para o cultivo da oleaginosa.
O secretário da Agricultura sugeriu, como saída para essa questão, a realização de um seminário destinado apenas aos técnicos da área, “com informações sobre a viabilidade da mamona e demais alternativas viáveis. Assim, poderemos definir a cultura para o biodiesel”, disse Jorge Dantas.