28/03/2024 23:04:45

12/07/2010 00:00:00


Com MP-Al //

A Cooperativa de Produtores Leiteiros de Alagoas (CPLA) e o Sindicato das Indústrias e Laticínios do Estado de Alagoas (Sileal) procuraram o Ministério Público Estadual para pedir apoio na luta pela proibição da venda de leite in natura (cru) no Estado. O grupo defende que toda a comercialização seja feita com o produto pasteurizado garantindo a saúde dos consumidores. Participaram do encontro com os representantes das entidades o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, a promotora Dalva Tenório e o promotor Delfino Costa Neto.

Os produtores fizeram o pedido ao MPE com base na lei federal de 1952 que proíbe a venda de leite cru e seus derivados. “Queremos o apoio do Ministério Público para garantir um bom produto na mesa dos alagoanos. Não queremos desemprego, muito pelo contrário, com este procedimento teremos mais gente trabalhando na cadeia produtiva”, disse o vice-presidente do Sileal, Arthur Vasconcelos. Também estiveram na reunião o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro e o produtor Antonio de Pádua.

Além de parabenizar a atuação do Núcleo do Meio Ambiente, os representantes solicitaram que o mesmo trabalho que foi feito contra o queijo clandestino seja feito agora com o leite. “No sertão há uma maior incidência do mal acondicionamento do leito, pelo fato de ser considerado a Bacia Leiteira do Estado, bem como devido há um velho hábito interiorano, que é de vender o leite nas portas das casas”, explicou.

Para Eduardo Tavares a demanda das entidades é justa, pois é importante garantir a segurança alimentar dos alagoanos, bem como intensificar a fiscalização para coibir o comércio dos produtos sem inspeção. “É preciso impedir o comércio ilegal, que põe em risco a saúde do consumidor”, justificou o procurador-geral de Justiça. Ele prometeu distribuir um expediente aos promotores de todo o Estado para que eles recomendem a proibição nos municípios onde atuam.

A promotora de Justiça Dalva Tenório explicou que a forma de acondicionar os leites não está correta nem dentro das normas sanitárias vigentes.”Pretendemos conscientizar a população sobre os prejuízos que o leite mal acondicionado pode causar. Trata-se de uma questão de saúde pública”, ressaltou a promotora.

Os produtores alegaram que a maioria dos consumidores não tem noção que a ingestão de leite cru traz riscos à saúde humana, visto que os comerciantes não obedecem as normas técnicas exigidas quanto à recepção do leite, pasteurização, resfriamento e embalagem. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS), após minucioso estudo, comprovou que a ingestão de leite in natura pode resultar no acometimento de sete doenças viróticas básicas e 16 doenças bacterianas, destacando-se tuberculose, brucelose, intoxicações alimentares, febres, tifóife e para-tifóide.



Enquete
Se fosse fosse gestor, o que você faria em União dos Palmares: um campo de futebol ou a barragem do rio para que não falte agua na cidade?
Total de votos: 94
Notícias Agora
Google News