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27/04/2010 00:00:00

Especiais


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com cadaminuto (exclusivo) // wadson correia

Após uma série de constrangimentos na véspera do casamento, finalmente Bruno Antônio da Silva Bállico, 18, e João Lourenço Neto, 27, realizaram a cerimônia. Eles pretendem processar a Igreja evangélica Cristã Contemporânea, por negar a realização os laços matrimoniais assim que retornarem da lua mel.

Com exclusividade o Cada Minuto conversou com Bruno Bállico que saiu da cidade de Mata Grande, Sertão de Alagoas, para não sofrer preconceitos. Bállico morou toda sua infância e adolescência sob custodia da avó, Josefa Jacinto da Silva, que até então não sabia a opção sexual do neto. “Minha vida em Mata Grande foi mascarada para não sofrer nenhum tipo de preconceito”, explicou. A homofobia ainda é grande em Alagoas, e muitas das vezes acaba até em morte.

A mãe de Bruno, Delina Maria Santos da Silva, falou que o preconceito continua, mas apoiou a escolha do filho. “A festa foi linda e sempre ajudei meu filho. Ele assumiu, e outras pessoas deveriam mostrar a cara como ele fez, e não ficar enrustido fazendo isso escondido”, declarou Deliana.

O casamento aconteceu, no bairro de Vila Valqueire, Rio de Janeiro. O cerimonial foi realizado por um pastor gay, da Igreja Comunidade Cristã Nova Esperança. A Igreja Cristã evangélica Cristã Contemporânea pode ser processada pelo casal, devido afirmar que não poderia realizar a cerimônia.

“Estamos estudando uma forma de processar a Igreja Contemporânea, fomos penalizados na véspera da festa, quase acabou com tudo, todos os convites já tinham sido entregues”, lembrou Bruno.

“Hoje, sou quem realmente sou, pois era muito melancólico. Sou feliz por estar ao lado da pessoa que realmente cuida de mim e que eu amo muito”, finalizou. 

Igreja Contemporânea Cristã

O pastor Marcos Gladstone, da igreja Contemporânea Cristã explicou que não existiu nenhum impedimento para que o casamento fosse realizado. “Descobrimos que o Bruno era menor de idade e não tinha o contrato homoafetivo, por isso não realizamos a benção matrimonial”, explicou o pastor.

Ainda de acordo com Gladstone, Bruno Bállico poderia realizar o contrato no dia do casamento, onde ficaria maior de idade. O tempo médio para que o contrato fosse formulado seria aproximadamente meia hora.

“Todas as igrejas têm normas e não poderíamos desobedecer o código canônico de nossa igreja. O Bruno utilizou da má fé em afirmar que negamos a benção do casamento dele”, disse.

Para Bruno, Gladstone sabia que o jovem não tinha a idade suficiente para se casar. “Quando foi marcada a data do casamento, o pastor Marcos Glasdstone, sabia sim, que eu tinha 17 anos de idade, não casamos antes justamente por isso. Esperamos eu ficar maior de idade para poder casar. Ele marcando a data, fomos marcar com a casa de festas”, disse o jovem recém casado.

“O pastor Marcos pediu esse contrato em menos de 20 dias para acontecer o matrimônio. Não é má fé quando a gente é mal orientado por uma entidade religiosa que mandou procurar uma outra igreja”, atacou Bruno.

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