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25/02/2010 00:00:00

Especiais


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com cadaminuto // emanuelle oliveira

Caixa Econômica Federal (CEF) vem sendo alvo de várias reclamações por parte de clientes, principalmente referentes a cobranças indevidas, demora no atendimento e nos financiamentos. Muitos lamentam da burocracia e de um certo monopólio do banco, que é responsável pelo pagamento dos servidores públicos em Alagoas.

Muitos lamentam o abandono nos auto-atendimentos da CEF e dos transtornos enfrentados em dias de recebimento de salário, quando os caixas eletrônicos quase sempre ficam fora do ar e sem dinheiro. Além disso, apesar de ter acabado com as filas ainda há demora no atendimento, devido a carência de funcionários nas agências.

O policial civil Arimatéria Lafaietty é um dos clientes que enfrentam problemas com a CEF. Ele teve seu cartão de débito bloqueado, sem aviso prévio, quando estava em Pernambuco. Ao tentar sacar parte do seu salário durante o carnaval, Lfaietty descobriu o bloqueio e teve que pedir dinheiro emprestado para voltar a Maceió.

“O meu cartão que também era de crédito, mas que eu só usava para tirar dinheiro, só ia vencer em abril, mas foi cancelado em pleno carnaval, sem explicação. Só pude ir ao banco na quarta-feira e me disseram que foi por medida de segurança que houve o cancelamento. O gerente ainda me ligou para pedir desculpas”, contou policial civil.

Ele deu entrada em uma ação na Justiça Federal, por danos morais e lamentou o monopólio da CEF, lembrando que outros funcionários públicos já foam prejudicados pelo banco. “No meu cartão também apareceram débitos em duplicidades, um roubo. O auto atendimento do Farol, durante o fim de semana, parece casa do terror. É tudo escuro, chão sujo, coisa de pocilga", afirmou.

O sindicalista José Carlos Fernandes também se sente prejudicado pela CEF. Há 15 anos ele conseguiu o financiamento de um imóvel, mas não teve como pagar e até hoje seu nome está com uma restrição de crédito nos registros do banco. Em dezembro do ano passado ele deu entrada em um processo contra a Caixa na Justiça Federal e aguarda a decisão.

“Eu desocupei a casa e ela foi leiloada, mas mesmo depois de tanto tempo não posso participar de programas como o “Minha casa , minha vida”. Dei entrada no processo através de um juizado especial cível. Ao procurar a Caixa fui informado de que meu nome estava negativado por causa de uma orientação do Banco Central”, contou Fernandes.

Procon x CEF

O superintendente do Procon em Alagoas, Rodrigo Cunha explicou que os transtornos com o banco que precisarem de solução imediata podem ser resolvidos através do órgão, que tem um canal direto com a CEF e recebe muitas reclamações acerca da falta de fornecimento de informações, cobranças indevidas e demora no atendimento nos caixas.

“Nesse caso de cancelamento de cartão o cliente prejudicado poderia procurar o Procon para a reativação imediata. Mas, por causa dos transtornos de estar em outro Estado, ter e não poder sacar o dinheiro cabe uma indenização por danos morais, por meio de uma ação na Justiça Federal”, destacou o superintendente.

Cunha lembrou que diante das reclamações a CEF tem um prazo de 10 dias para se defender e entrar em acordo com a parte prejudicada. “No caso das indenizações só a justiça pode mensurar os danos causados pelo cancelamento de cartões de crédito sem aviso prévio, por exemplo. Mas, isso não é resolvido pelo Procon e sim por um juiz, o que pode demorar”, ressaltou.



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