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Guerra
20/06/2022 00:00:00

'Preciso estar preparado para o pior', diz governador de região na Ucrânia sob intenso ataque russo

Lugansk, no leste do país, engloba as cidades de Severodonetsk e Lysychansk, alvos principais das tropas da Rússia


'Preciso estar preparado para o pior', diz governador de região na Ucrânia sob intenso ataque russo

Sergiy Gaidai, governador de Lugansk, região no leste da Ucrânia constantemente bombardeada pelas forças russas, disse que "precisa estar preparado para o pior", em entrevista à AFP neste domingo (19).

A região engloba as cidades de Severodonetsk e Lysychansk, que estão sob intenso ataque do Exército russo. "Eles bombardeiam nossas posições 24 horas por dia", disse Gaidai.

Em Lysychansk, tudo está se preparando para a luta nas ruas: soldados cavam buracos e colocam arame farpado, e a polícia coloca carros queimados nas ruas para diminuir o tráfego.

"Uma expressão diz: você tem que se preparar para o pior e o melhor só virá", completa. O funcionário, que já avisou várias vezes que as tropas russas acabarão cercando Lysychansk e cortando as principais estradas de abastecimento da cidade. "É uma guerra, tudo pode acontecer."

De Lysychansk, a artilharia ucraniana ataca as posições russas em Severodonetsk, e os russos respondem com morteiros e foguetes.

"Sem lugar seguro"


"Veja como Severodonetsk resistiu: você pode ver que os russos não controlam a cidade totalmente... Eles não podem ir mais rápido e colocar seus grandes canhões e tanques", explica o governador.

Como outros oficiais ucranianos, ele espera que os aliados ocidentais do país entreguem "o mais rápido possível" mais armas de longo alcance. "É bom que o Ocidente nos ajude, mas é tarde", lamentou.

O governador ainda afirmou que "é extremamente arriscado" ir a Severodonetsk e que não há lugar seguro em toda a região de Lugansk.

"Não os abandonamos"

A vida é muito dura para os "10%" dos habitantes de Lysychansk que permaneceram na cidade, sem rede telefônica, água encanada nem eletricidade. Eles cozinham com lenha e vivem em porões abrigados.

"Tentamos convencê-los a sair, mas alguns se recusam categoricamente. Apenas uma pequena porcentagem espera que Moscou faça da região um mundo russo", segundo Gaidai.

Ele comunica o estado do conflito diariamente através de redes sociais como Telegram ou Facebook. "Precisamos conversar para contrariar a propaganda russa, mas também para que o povo da região entenda que não os abandonamos."

r7

 



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