A demanda por bolsas de sangue nos hemocentros não para. A cada minuto, diversas solicitações por tipo sanguíneo chegam para suprir a necessidade de hospitais e unidades de saúde espalhados pelo país. Considerando que não há um substituto para o sangue, a doação é responsável por garantir a reserva do insumo que será utilizada para fins diversos.
Contudo, historicamente, há uma queda nos estoques no período do inverno em decorrência do aumento das doenças respiratórias, o que, em geral, é um impeditivo na hora de doar. Por isso, há a necessidade de sensibilizar a população sobre a importância da doação de sangue consciente e solidária.
A campanha Junho Vermelho, marcada pelo Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira, 14 de junho, reforça o impacto positivo no ato de doar sangue. Uma doação pode salvar até quatro vidas. Além de pessoas que passarão por procedimentos cirúrgicos ou intervenções médicas, o sangue é indispensável para a qualidade de vida dos pacientes com doenças crônicas graves, como falciforme e talassemia.
A equipe da coordenação-geral de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde monitora diariamente os estoques nos hemocentros do país. Quando há um risco de desabastecimento, o Plano Nacional de Contingência do Sangue é utilizado, possibilitando o remanejamento de bolsas entre as unidades federativas.
Recentemente, o Hemocentro de Pernambuco precisou solicitar o plano de contingência para suprir a demanda do estado que sofreu com as enchentes. Seis unidades da federação auxiliaram nesse reforço com 767 bolsas de sangue.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente não há registro de desabastecimento nos serviços de hemoterapia da rede de saúde pública a nível nacional. No entanto, cada região sofre com as oscilações dos estoques dos grupos sanguíneos mais demandados.
No Hemocentro de Brasília, por exemplo, o estoque mais baixo registrado no domingo, 12 de junho, foi do sangue AB-, um tipo raro presente em apenas 1% da população. O grupo sanguíneo O- (considerado doador universal) também costuma oscilar bastante no estoque.
Para doar sangue, basta procurar os hemocentros e estar dentro dos requisitos. Veja os locais de coleta mais próximo no link.
Além desses, há os impedimentos definitivos, como nos casos de pessoas que têm ou tiveram hepatite B ou C, HIV, doença de chagas e malária. O uso de drogas ilícitas injetáveis também deixa o doador inapto a doar sangue.
A frequência máxima de doações é de quatro anuais para homem e de três para mulher. E o intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
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