Na própria Rússia diversos manifestantes levantaram cartazes pedindo por paz. Um deles até mesmo dizia.
"Ninguém precisa de uma guerra. Com exceção de Vladimir Putin".
Uma das mais cintilantes adesões foi de Lisa Peskova, uma das filhas de Peskov e celebridade na internet russa. Ela postou no Stories de sua conta Instagram o "Não à guerra" nesta sexta (25). A postagem foi apagada na sequência, deixando em aberto se ela foi vítima de algum hacker. Mas Lisa tem um histórico de polêmicas no país, tendo sido alvo de críticas por ter defendido direitos LGBTQIA+ em um país em que políticas homofóbicas são de Estado.
Nas ruas, contudo, o Kremlin já demonstrou que manterá a linha-dura. Ao longo da quinta, culminando em uma manifestação no centro da capital, protestos foram registrados em mais de 40 cidades. A repressão deu seu recado, prendendo cerca de 1.800 pessoas, segundo a ONG de monitoramento de violência policial OVD-Info.
INGLATERRA
Em Londres, diversos manifestantes, muitos deles ucranianos, se reuniram ao lado de fora da residência do primeiro-ministro Boris Johnson, pedindo que o Reino Unido se esforce mais para combater a invasão russa.
"Precisamos de ajuda, precisamos de alguém para nos apoiar", disseram.
ESTADOS UNIDOS
Cerca de 200 pessoas caminharam da Times Square até a sede das Nações Unidas, preocupadas com o destino de seus familiares na Ucrânia. Foi o caso de Kateryna Bieliayeva, 34 anos, que verifica constantemente como estão seus pais, médicos, que decidiram ficar em Chernihiv, norte da Ucrânia, perto da fronteira com Belarus e Rússia.
FRANÇA
Paris também foi palco de diversas manifestações. A população se reuniu em frente à embaixada russa. Outra mobilização foi feita na Praça da República, coração da capital.
À Reuters, um manifestante até mesmo disse que "este é um momento perigoso para o mundo inteiro".
BRASIL
Uma manifestação na avenida Paulista nesta sexta (25) reuniu cerca de 50 pessoas em uma demonstração de apoio ao povo ucraniano após a invasão do país do leste europeu pela Rússia. Brasileiros e imigrantes, inclusive um refugiado, estavam presentes.
Segurando uma bandeira da Geórgia, o artista plástico David Didishvili conta que nasceu na Abkhazia, região de maioria étnica russa que também foi ocupada e reconhecida como independente por Moscou na década de 1990.
"As mesmas forças que me expulsaram junto com a minha família quando eu tinha 11 anos estão atacando a Ucrânia agora. Eu vim apoiar a manifestação porque a Ucrânia e a Geórgia são irmãs, vivemos esse mesmo problema. A Rússia segue regras do século 20, quer controlar outros países."
ESPANHA
Em Madri, diversos espanhóis se reuniram, também em frente à embaixada russa, pedindo que medidas sejam tomadas para o fim da guerra. Até mesmo o ator e vencedor do Oscar Javier Bardem se juntou aos civis.
"É uma invasão. Isso viola o direito fundamental da Ucrânia à soberania territorial, às leis internacionais e muitas outras coisas", afirmou ele.
ALEMANHA
Em Berlim, em frente à embaixada russa, uma faixa pede: “Parem com essa loucura, salvem a vida, chega de mentiras”. Muitos dos participantes são russos que residem na Alemanha.
"Todo mundo deveria vir aqui hoje e apoiar a Ucrânia. Dizer que a guerra deve acabar", disse à AFP Olga Kupricina, 32 anos, natural de Kaliningrado e moradora da Alemanha desde outubro.
"Ucranianos e russos são irmãos e irmãs. Todos os meus amigos estão chocados e não querem uma guerra. Queremos mostrar que somos contra a guerra. Somos russos e viemos da Rússia. A Ucrânia sempre foi um país muito amigável conosco e um país próximo", declarou Ekaterina Studnitzky, 40 anos, residente na Alemanha há 16.
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