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Coronavirus
24/02/2022 19:00:00

Curva de mortes por Covid segue alta em Alagoas, mas vai começar a cair, diz especialista

Para infectologista, número de mortes ainda não segue queda registrada no número de casos por causa do tempo de evolução da doença


Curva de mortes por Covid segue alta em Alagoas, mas vai começar a cair, diz especialista

O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde tem mostrado, na última semana, duas situações distintas em Alagoas – média de casos confirmados de Covid em queda acentuada – média de 312,8 por dia considerando os últimos cinco dias (18/22); mortes em alta, na casa das 11 por dia, considerando o mesmo período. Especialista ouvido pela Gazeta atribui a situação à trajetória comum à infecção por coronavírus e no atual momento, à variante Ômicron. As mortes demoram mais a decrescer porque seguem o tempo de evolução da doença, média de duas semanas entre infecção, agravamento, quando é o caso, e morte.

Quando analisa o perfil das pessoas mortas, conforme os boletins diários divulgados desde o início deste ano, também há um fator comum – a maioria (79,7% do total até o dia 17) é constituída de idosos, com prevalência dos mais velhos, na faixa etária com 80 anos ou mais. O infectologista Fernando Maia explica o quadro epidemiológico.

“Esse número de mortes ainda alto, comparando com o número de casos, que tem caído bastante, é porque as mortes refletem o número de casos de duas semanas atrás, que é mais ou menos o tempo que o paciente leva para começar a adoecer, complicar e - infelizmente - vir a óbito, mais ou menos duas semanas. Então esse número alto ainda reflete o número de casos de duas semanas atrás”, justifica o médico.

O médico analisa que o cenário atual segue as características observadas nos lugares onde a variante Ômicron já perdeu força.

“A expectativa é que nos próximos dias, o número de mortes comece a cair. A tendência, o que a gente espera, é que o número de mortes comece a cair nos próximos dias, à medida que vai refletindo a queda do número de casos, a gente espera que aconteça isso nos próximos dias”, informa.

Questionado sobre o perfil das pessoas que morreram em consequência da Covid-19, no atual momento da pandemia, ele diz que este quadro também é caraterístico deste momento. Com a maioria da população da vacinada, os mais idosos, com menor resposta imunológica, são mais suscetíveis ao agravamento da doença.

“Quem está evoluindo a óbito por Covid são exatamente aqueles pacientes que se espera que evoluam a óbito, que são os pacientes mais idosos, já muito debilitados, com comorbidades. Ou seja, são os pacientes que respondem menos à vacinação, e são esses pacientes que estão morrendo, infelizmente, da Covid. Que têm um risco de morte alto já por sua própria condição física. A Covid é apenas o fator principal que, infelizmente, leva a óbito”.

gazetaweb



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