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Geral
31/12/2021 17:00:00

Bares e restaurantes fecham ano com saldo positivo de empregos e ajudam a conter inflação, diz Abrasel

Segundo dados do Caged, setor criou 118 empregos apenas no mês de novembro


Bares e restaurantes fecham ano com saldo positivo de empregos e ajudam a conter inflação, diz Abrasel

O setor de alimentação fora do lar tem dado contribuição decisiva para a melhora do ambiente econômico do país. É o que mostram vários dos índices oficiais do governo federal, como o IPCA-15 (prévia da inflação), Caged (empregos) e PMS/IBGE (atividade mensal dos serviços).

Dados do Caged divulgados na última quinta-feira (23) mostram que em novembro foram criados 118 mil empregos no segmento de alojamento e alimentação, sendo 106 mil somente no setor de bares e restaurantes, que teve saldo de 32 mil vagas preenchidas no mês.

Isso representa cerca de 10% do saldo total de empregos no país no período, que foi de 324,1 mil. Historicamente, bares e restaurantes respondem por mais de 90% dos postos de trabalho do segmento ‘alojamento e alimentação’, segundo estimativa da Abrasel.A perspectiva para dezembro é aumentar ainda mais este saldo, que no ano já passa de 100 mil empregos com carteira assinada.

Os dados da PNAD Contínua também deixam claro o protagonismo do setor. Entre os 13 segmentos analisados, bares e restaurantes lideram o crescimento anual da população ocupada, com um índice de 26,5% no terceiro trimestre de 2021, sendo o único com taxa superior a 20% de crescimento nos empregos formais.

“Estamos em plena retomada, puxando os números formais e informais de empregos em todos os índices disponíveis, com uma aceleração maior neste segundo semestre. Devemos fechar 2021 com 600 mil empregos recuperados e esperamos criar pelo menos mais 60 mil nos três primeiros meses do ano que vem”, afirma o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.

O crescimento nos indicadores de emprego reflete o aumento na atividade do setor de serviços, onde a alimentação fora do lar também se destaca.

Em dezembro, a pesquisa mensal de serviços (PMS) publicada pelo IBGE mostra que o conjunto de serviços prestados às famílias, que inclui bares e restaurantes, foi o único que apresentou crescimento positivo, de 2,7%; no geral, houve queda de 1,2%.

O acumulado do ano é de 17,6%. Quando isolados somente os serviços de hospedagem e alimentação, o crescimento no ano é ainda mais expressivo: 20,1%.

O setor, além de puxar a retomada na economia e contribuir com na criação de empregos, também têm ajudado a conter a inflação. Os dados do IPCA-15 também divulgados na quinta-feira (23) mostram que este setor registrou alta de 7,36%, mais de três pontos percentuais abaixo do índice geral de inflação, que fechou o ano em 10,42%. Em dezembro, a alta no setor foi de apenas 0,08%, contra 0,78% do índice geral.

Bares e restaurantes foram pressionados por aumentos acumulados ao longo do ano, com destaque para os combustíveis, energia elétrica, alimentos e bebidas e aluguel, mas tiveram que segurar o repasse de preços no cardápio.

Para Paulo Solmucci, a lição aprendida na pandemia ajudou os estabelecimentos a cortarem custos nesse momento. “Parte relevante dos bares e restaurantes teve ganho de produtividade ligado à revisão dos processos, automação, digitalização dos clientes. Foram obrigados a rever os custos pela sobrevivência dos negócios. Uma das consequências mais visíveis é que onde antes trabalhavam dez funcionários, hoje trabalham oito”.

Segundo Solmucci, isso possibilitou que, mesmo diante da inflação de dois dígitos, os aumentos no cardápio fossem adiados ou minimizados.

Jornal de Alagoas



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