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Mundo
21/12/2021 04:00:00

ONU: um em cada quatro habitantes da Somália está em risco de fome pela seca


ONU: um em cada quatro habitantes da Somália está em risco de fome pela seca

Uma em cada quatro pessoas na Somália está em grave risco de fome em consequência da seca que afeta o país, devastado por décadas de guerra, após três temporadas de poucas chuvas e uma quarta a caminho, advertiu a ONU.

A Organização das Nações Unidas teme o agravamento da crise e que 4,6 milhões de pessoas precisem de ajude alimentar até maio de 2022, consequência da pior seca no país em mais de 30 anos.

A falta de alimentos, água e de pastagens forçou 169.000 pessoas a abandonar suas casas, número que pode subir para 1,4 milhão nos próximos seis meses, alertou a ONU em um comunicado.

As catástrofes naturais, e não os conflitos, foram a principal causa nos últimos anos dos deslocamentos na Somália, considerado um dos países mais vulneráveis à mudança climática.

“É uma tempestade perfeita que está se formando”, disse Adam Abdelmoula, coordenador humanitário da ONU para a Somália, à AFP. Ele alertou que 300.000 crianças com menos de cinco anos correm o risco de sofrer de desnutrição grave nos próximos meses.

“Eles morrerão se não os ajudarmos em tempo hábil”, acrescentou. A ONU fez um apelo para arrecadar 1,5 bilhão de dólares para financiar a resposta à crise.

Um total de 7,7 milhões de pessoas, quase metade da população somali de 15,9 milhões, precisarão de ajuda humanitária e proteção em 2022, um aumento de 30% em um ano, segundo a ONU.

Ao menos sete em cada 10 somalis vivem abaixo da linha da pobreza, e a seca destruiu suas já precárias fontes de renda, com a perda do gado e as colheitas reduzidas. E tudo isso com uma inflação elevada.

“Há um risco elevado de que, sem ajuda humanitária imediata, crianças, mulheres e homens comecem a morrer de fome na Somália”, declarou a ministra somali de Assuntos Humanitários e Gestão de Crises, Khadija Diriye.

O governo somali decretou emergência humanitária em novembro devido à seca.

A seca e as inundações também afetaram recentemente Quênia e Sudão, onde mataram rebanhos, destruíram pastagens e arrasaram colheitas.

A falta de água e alimentos aumenta o medo de conflitos entre as comunidades em uma disputa por recursos.

Os cientistas consideram que o aumento da frequência e intensidade dos fenômenos climáticos extremos se deve à mudança climática.

msn.com/pt-br



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