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Polícia
21/12/2021 03:00:00

Padrasto preso disse que agrediu bebê porque ele não parava de chorar, diz delegado


Padrasto preso disse que agrediu bebê porque ele não parava de chorar, diz delegado

O delegado Fábio Costa concedeu mais detalhes, na manhã desta segunda-feira (20), sobre o caso do bebê de oito meses que foi morto pelo padrasto  Rodrigo Bezerra Almeida, 19 anos. Segundo o delegado, no depoimento, Rodrigo disse que tinha ódio da criança porque ela chorava muito. Ele desferiu socos na cabeça e pisoteou o bebê.

Inicialmente, de acordo com o delegado, houve a alegação de que o menino teria caído da cama. “Contaram que o menino estava chorando muito, o padrasto levou ele para balançar e quando retornou disse que a criança estava sangrando porque teria mordido a língua. Que teriam dado medicamento e posteriormente ele dormiu, e encontraram ele morto”.

Mas foi após o laudo ser divulgado que o padrasto confessou o crime e a possibilidade de queda foi excluída. “Então o padrasto confessou dizendo que estava bebendo, e ele e a sogra estavam fumando maconha/crack”.

Foi aí que a criança começou a chorar. Ele pegou a criança e foi para o quintal da casa. “Ele voltou e solicitou uma camisa para a esposa. Quando ela foi olhar, ele disse que se afastasse que estava tudo sob controle”, contou o delegado.

Depois, o padrasto apareceu com as duas camisas ensanguentadas (a dele e a que ele pediu). “A esposa perguntou o que houve e ele disse que a criança tinha mordido a língua. Ele deu banho na criança e depois entregou o bebê para a mãe, mas a criança já estava desfalecendo”.

Diogo Nilo, diretor do Instituto Médico Legal, disse que o laudo mostrou hematomas imensos, mordidas no rosto e nas pernas. “Indícios claros de maus-tratos. Lesões nas mãos e nos pés com características de infecção e algumas já cicatrizadas. Claramente eram lesões antigas”.

De acordo com o delegado, na confissão de Rodrigo, ele disse que uma semana antes tinha mordido a criança.

Ainda conforme o diretor do IML, no exame interno foi observado uma extensa fratura do lado esquerdo com perda de tecido encefálico e do outro lado uma fratura. “Após aquele trauma não tinha como o bebê sobreviver por muitas horas. O bebê sofreu as lesões em um dia e foi encontrado morto no dia seguinte. O trauma no crânio foi o que causou a morte”.

Ao que tudo indica, a mãe não teve envolvimento no crime e confessou que viu algumas manchas de mordidas, mas achou que fosse o irmão mais novo da criança que tem três anos, e não desconfiou do marido.

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