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Justiça
14/12/2021 03:00:00

Alagoana acusada de matar namorado italiano é condenada a 20 anos de prisão


Alagoana acusada de matar namorado italiano é condenada a 20 anos de prisão

Foi condenada a 20 anos e dois meses de prisão,  em regime fechado a  alagoana Cléa Fernanda Máximo foi por matar o namorado, o advogado italiano Carlo Cicchelli. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (15), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

De acordo com a denuncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Cléa Máximo matou e escondeu o corpo do então namorado por mais de 30 dias, dentro da residência em que moravam no bairro da Ponta Grossa, parte baixa de Maceió. Ainda conforme a denúncia, ela também se passou por Cicchelli ao conversar com familiares dele pelo celular.

O promotor de Justiça, Dênis Guimarães, defendeu as acusações de homicídio duplamente qualificado, além de ocultação de cadáver, cometido friamente e de forma calculada por interesses financeiros da autora. O representante ministerial foi auxiliado pelo advogado João Uchôa e o júri foi presidido pelo juiz Felipe Mumgumba.

O julgamento teve início às 9h e seguiu até as 21h. Foram ouvidas três testemunhas para o Ministério Público, entre elas Antônio Emílio Cicchelli, irmão da vítima, e outras três da defesa, representada pela advogada Júlia Nunes, presidente da Associação AME, que atua na defesa de mulheres vítimas de violência doméstica.

Segundo a defesa de Cléa, ela cometeu o crime para sobreviver, pois era vítima de abusos constantes, tanto físicos, quanto sexuais e psicológicos por parte do namorado.

Para a acusação, o Ministério Público não estava acusando uma mulher, mas alguém que cometeu o crime de maneira fria.

“Esperávamos desde o início a condenação, apesar de o Conselho ser feminino acreditamos até o fim que entenderia que o Ministério Público não estava ali acusando uma mulher, mas uma assassina que, friamente planejou um crime, atraiu a vítima, depois escondeu o cadáver e conseguia ter, para todos, uma vida normal convivendo por 30 dias com um corpo em estado avançado de decomposição em casa. Mais que isso, tentou extorquir os familiares do senhor Cicchelli, prova mais do que nítida de que era ambiciosa e tinha a pretensão de lucrar com o relacionamento. Cumprimos o nosso dever de promover justiça, o entendimento do júri foi 100% em consonância com o MP, e ela foi feita. Agradeço o auxílio do colega Uchôa, o qual considero muito importante”, disse o promotor de Justiça, Dênis Guimarães.

O crime

Conforme a denúncia do Ministério Público,  Cléa Fernanda teria dito à polícia que matou o italiano Carlo Chicchelii num ritual de magia negra. Ela confessou que ele foi algemado, mas disse em sua versão que foi a pedido da vítima. 

O corpo do advogado ficou escondido por um mês em um dos cômodos da casa, envolvido em sacos plásticos e, para amenizar o mau cheiro, pelo estado avançado de decomposição, e também para não despertar a desconfiança dos vizinhos, colocou carvão, perfume e outros produtos.

Carlo Chicchelli e Cléa Máximo começaram a namorar em Turin, na Itália, onde eram vizinhos. Até que ele decidiu morar com ela em Maceió, no bairro da Ponta Grossa. Por dois meses a família do estrangeiro ficou sem notícias dele e começou a estranhar.

Cléa, por sua vez, passando-se pelo namorado, começou a manter contato pedindo dinheiro. Somente após algum tempo, ela confessou ser a responsável pelos contatos e criou versões para convencer a família a enviar os valores pedidos, entre elas que havia se envolvido com a filha de um traficante, estava escondido, ameaçado de morte e precisava do dinheiro para fugir, o que estranharam.

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