Governo revisa Orçamento 2022, estima Auxílio Brasil médio de R$ 415
O Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso, nesta quinta-feira (9), pedindo para ajustar o projeto do Orçamento de 2022 e ampliar o valor do benefício médio do Auxílio Brasil. A pasta propôs que sejam incluídos R$ 100 bilhões adicionais em gastos orçamentários e estimou o valor de ajuda médio em R$ 415 no ano que vem. A mudança é necessária, segundo a pasta, em razão da promulgação da PEC dos Precatórios nesta quarta-feira (8), que altera o teto de gastos, e da inflação mais alta deste ano. Nos cálculos do governo, o novo programa social que substitui o Bolsa Família precisará de um incremento de R$ 54,6 bilhões em seu orçamento para 2022, chegando a quase R$ 90 bilhões. O ofício assinado pelo ministro Paulo Guedes aponta que a correção pela inflação dos benefícios da Previdência, do seguro-desemprego, do abono salarial, entre outros, custará R$ 33,5 bilhões. Porém, as mudanças sugeridas deixam de fora qualquer previsão de reajuste para servidores públicos.
Aras diz que abriu 25 apurações para investigar Bolsonaro
Augusto Aras, procurador-geral da República, enviou um documento ao Supremo Tribunal Federal afirmando que abriu 25 apurações preliminares para investigar o presidente Jair Bolsonaro. O passo atende a solicitação da ministra do STF, Carmén Lúciam, para explicar que medidas foram adotadas em umas das investigações, aberta para apurar irregularidades em live na qual Bolsonaro criticou as urnas eletrônicas. Segundo o texto, há ao menos um procedimento para investigar uma suposta campanha eleitoral antecipada, abuso de poder e promoção pessoal do mandatário. Outro procedimento citado por Aras trata das declarações de Bolsonaro sobre possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas. "Em desfavor do Presidente da República, apenas nos últimos 12 meses, foram instauradas 25 notícias de fato", escreveu Aras. Conforme afirmou o PRG, ambas as ações estão na Assessoria Jurídica Eleitoral Extrajudicial da Procuradoria-Geral da República.
Cúpula pela Democracia: Biden está alarmado com estado da democracia no mundo
A democracia está enfrentando "contínuos e alarmantes desafios" em todo o mundo, disse o presidente norte-americano Joe Biden nesta quinta-feira (9) na cúpula virtual sobre a democracia, evento que provocou polêmica por a China e a Rússia não terem sido convidadas. No discurso de abertura da Cúpula pela Democracia, a primeira reunião deste tipo destinada a combater o retrocesso democrático no mundo, Biden disse que as liberdades globais estão sob ameaça por parte dos líderes autocratas, que expandem o seu poder, ampliam a influência e justificam a repressão. O presidente afirma que as tendências estão "em grande parte apontando na direção errada" e que "mais do que nunca, a democracia precisa de campeões". "Vamos permitir que o retrocesso dos direitos e da democracia continue sem controle?" O evento de dois dias, realizado no formato de videoconferência por causa da pandemia do coronavírus, foi organizado pelos EUA, que se consideram líderes na luta entre as democracias e as autocracias poderosas. A Casa Branca disse que vai trabalhar com o Congresso para canalizar US$ 424,4 milhões (R$ 2,36 bilhões) para uma nova iniciativa de suporte à democracia em todo o mundo, incluindo a ajuda à mídia independente.
Nicarágua rompe relações com Taiwan e estabelece laços com China
O governo nicaraguense anunciou nesta quinta-feira (9) a sua decisão de romper as relações com Taiwan a favor do desenvolvimento dos laços com a China. O país decidiu reconhecer a ilha como parte da República Popular da China. Os Estados Unidos condenaram a decisão, afirmando que o governo liderado pelo presidente Daniel Ortega não representa a vontade do povo da Nicarágua e que a nação latino-americana vai perder um parceiro leal. Logo após o anúncio do governo nicaraguense, Pequim estabeleceu oficialmente relações diplomáticas com o país, informou hoje (10) a televisão central da China. Os dois países assinaram um comunicado de estabelecimento de laços na manhã desta sexta-feira (10) na cidade chinesa de Tianjin. Taiwan tem sido governada independentemente da China continental desde o fim da guerra civil chinesa em 1949. Pequim considera a ilha sua província, enquanto Taiwan (formalmente, República da China) insiste que é um país autônomo e tem relações políticas e econômicas com uma série de outras nações.
Mais de 50 migrantes morrem em acidente com caminhão no México
Ao menos 53 migrantes morreram e 54 ficaram feridos, a maioria da Guatemala, na sequência de um acidente com um caminhão no estado de Chiapas, no sul do México, informou na quinta-feira (9) a Defesa Civil do estado, na fronteira com a Guatemala. "No local da colisão, morreram 49 migrantes. No entanto, morreram mais quatro pessoas no hospital", afirmou o diretor da Defesa Civil, Luis Manuel García Moreno. Em um dos caminhões envolvidos no acidente seguiam mais de 100 migrantes da América Central. De acordo com os relatos, o caminhão teria atingido um muro de suporte e, posteriormente, colidido com uma passarela, fazendo o trailer - por onde viajavam mais de 100 pessoas - se desprender e capotar. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, bem como o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, expressaram suas condolências aos familiares das vítimas e ofereceram assistência.
Biden discute conflito em Donbass com presidente da Ucrânia
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e seu homólogo norte-americano, Joe Biden, coordenaram suas posições sobre a resolução do conflito em Donbass em uma conversa telefônica que durou uma hora e meia, informou ontem (9) o gabinete do presidente da Ucrânia. Ontem, Biden falou por telefone, além de Zelensky, com alguns líderes do Formato Bucareste, nomeadamente da Bulgária, Estônia, Hungria, Polônia e Romênia, em chamadas separadas, para discutir a concentração de forças russas perto da fronteira com a Ucrânia. Biden informou Zelensky da posição comunicada ao presidente russo Vladimir Putin de que a diplomacia é uma opção para a resolução do conflito. "O presidente Biden ressaltou a prontidão dos EUA de se empenharem em medidas de confiança para fazer avançar a implementação dos acordos de Minsk, em apoio do Formato da Normandia", segundo a Casa Branca. Enquanto isso, ontem (9) ocorreu um incidente com um navio da Marinha ucraniana. O serviço de segurança da Rússia informou na tarde que o navio ucraniano Donbass estava se movendo em direção ao estreito de Kerch e não reagia aos avisos das autoridades russas para mudar de curso. Logo depois, a embarcação inverteu marcha, mas seguiu ignorando os avisos. Agora a navegação no estreito decorre com normalidade.
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