Pelo sexto pregão consecutivo, e impulsionada pelo cenário externo otimista e pela valorização de empresas exportadoras e bancos, a Bolsa fechou em alta de 1,04%, a 129.601 pontos.
Pelo sexto pregão consecutivo, e impulsionada pelo cenário externo otimista e pela valorização de empresas exportadoras e bancos, a Bolsa fechou em alta de 1,04%, a 129.601 pontos.
O que aconteceu com a Bolsa? O Ibovespa manteve o viés positivo nesta quarta, com os bancos entre os principais suportes em meio a sinalizações mais fortes sobre crescimento da economia.
Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, explica que os bancos costumam ser a porta de entrada dos investidores estrangeiros na bolsa em vista da forte liquidez. E destaca que a alta do setor foi puxada pelas projeções apresentadas pelo Itaú em sua conferência anual, em especial sobre o aumento das margens financeiras para os próximos trimestres.
“O mercado gostou bastante da notícia sobre as metas de digitalização do banco, afinal de contas as fintechs estão roubando o espaço dos bancos tradicionais”, escreveu Ribeiro. “De acordo com o diretor da área de varejo do Itaú, André Rodrigues, o banco trabalha para quadruplicar o acesso digital nos próximos anos e projeta que 50% das receitas da instituição financeira venham do digital nos próximos anos.”
Júlia Aquino, especialista da Rico Investimentos, atribiu ao desempenho positivo da bolsa hoje o ciclo de alta das commodities, principalmente o minério de ferro, que negociou em alta na China, e o petróleo, que passou de US$ 70 por barril pela primeira vez em dois anos. “Com isso, avançam as ações de Petrobras e Vale”, ela explica.
O que aconteceu com o dólar? A liquidação de dólares prosseguiu nesta quarta-feira e derrubou a moeda norte-americana abaixo da importante linha psicológica dos R$ 5,10, com analistas avaliando que a cotação poderá perder o suporte de R$ 5 se dados nos Estados Unidos a serem divulgados até o fim da semana vierem mais fracos que o esperado.
Após abrir as negociações em alta, a moeda americana passou a cair após informações de que grandes empresas realizarão novas captações em dólar. De acordo com a Broadcast, a CSN irá captar até US$ 750 milhões, e a PetroRio informou que emitirá títulos no mercado externo.
As expectativas dos participantes do mercado financeiro giram em torno de dados da maior economia do mundo que serão divulgados nos próximos dias, com destaque para um importante relatório de emprego de sexta-feira.
Os investidores “buscam entender se o crescimento acelerado trazido por dados irá se traduzir em uma pressão sobre os preços persistente o suficiente para que os bancos centrais sejam obrigados a iniciar o processo de retirada de estímulos”, explicou em nota Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.
Em dois dias de forte baixa, a moeda acumula desvalorização de 2,70%. A divisa recua em seis das últimas oito sessões, período em que acumulou perda de 5,06%.
Maiores altas:
Petrobras ON (+4,96%)
Braskem (+4,82%)
BRF (+4,11%)
Maiores baixas:
B3 (-3,90%)
Sulamérica (-3,35%)
Locaweb (-3,16%)
(Com a Reuters)
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