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27/11/2020 00:00:00

Cadáveres de visons sacrificados na Dinamarca por mutação do coronavírus ressurgem na superficíe


Cadáveres de visons sacrificados na Dinamarca por mutação do coronavírus ressurgem na superficíe

Depois de sacrificar mais de 10 milhões de visons após a detecção de uma variante do novo coronavirus que poderia prejudicar a eficácia de vacinas, a Dinamarca enfrenta um novo problema envolvendo os pequenos mamíferos, que lembram doninhas e cuja pele é usada na produção de casacos e outras peças de vestuário. Vários animais mortos e enterrados ressurgiram sob os efeitos dos gases de decomposição. O fenômeno ocorreu em um terreno militar perto de Holstebro, no Oeste dinamarquês, em uma das fossas improvisadas onde os visons sacrificados foram enterrados.

A informação foi divulgada pela segundo a emissora pública DR. No início de novembro, a Dinamarca anunciou que iria sacrificar 17 milhões de visons, devido a uma mutação problemática do coronavírus transmitida por esses animais, que poderia, segundo estudos preliminares, ameaçar a eficácia da futura vacina para os humanos.

Os cadáveres dos visons, que apareceram na superfície devido à pressão acumulada dos gases de decomposição, estão cobertos apenas por uma fina camada de calcário e de uma terra muito arenosa, o que teria facilitado o fenômeno, segundo a polícia local.

O Ministério do Meio Ambiente e da Agricultura da Dinamarca afirmou em um comunicado que os visons estão enterrados entre um metro e meio e dois metros. Mas, segundo o DR, os cadáveres estavam apenas a um metro de profundidade neste terreno. Para a pasta, o reaparecimento dos cadáveres é "um problema temporário ligado ao processo de decomposição dos animais".

"O Estado brinca com a nossa natureza e a usa como um aterro sanitário", lamentou Leif Brogger, um conselheiro municipal de Holstebro, citado pelo jornal Jyllands-Posten.

Fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais geraram vários comentários: um internauta no Twitter disse que 2020 é "o ano dos visons mutantes zumbis assassinos".

Os animais que ressurgiram foram enterrados a 200 metros de um lago, ou seja, 100 metros a menos que o recomendado, levantando preocupações sobre problemas de poluição por fósforo e nitrogênio, o que as autoridades prometeram resolver.

Na última semana, a Dinamarca chegou a anunciar que considerava a mutação do coronavírus identificada nos pequenos mamiferos "erradicada". Com três vezes mais visons do que habitantes, o pequeno reino nórdico é o maior exportador mundial e o segundo maior criador atrás da China, com um faturamento neste setor de cerca de 670 milhões de euros (R$ 4,2 bilhões).

A decisão pelo sacrifício dos animais na Dinamarca levou à queda do ministro da Agricultura do país, Mogens Jensen, 57 anos, que perdeu o apoio do parlamento. A demissão ocorrei quinze dias depois que a primeira-ministra Mette Frederiksen executou sua decisão de abater os 17 milhões de visons do país. Na ocasião, ela disse que a resposta era necessária para combater a rara cepa rara do coronavírus.

Depois disso, a ordem do governo foi apontada como ilegal. Uma tentativa apressada de montar um projeto de lei de emergência falhou, e o governo só conseguiu aprovar a legislação necessária com uma pequena maioria no início desta semana, após milhões de animais saudáveis ??já terem sido abatidos. A Irlanda, que também tem fazendas criadoras de visons, anunciou o abate de toda a população da espécie na semana passada.

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