Segundo o chanceler Ernesto Araújo, o líder dos EUA se colocou à disposição para cooperar com o Brasil no que for necessário, incluindo em questões médicas e de logística. Araújo disse que os dois presidentes não falaram de medidas de distanciamento social ou da declaração dada ontem por Trump, sobre a possibilidade da Casa Branca vetar voos vindos do Brasil.
— O telefonema foi basicamente para uma conversa de reconhecer o momento difícil e de trocar essa disponibilidade de cooperação — afirmou o chanceler.
Durante a coletiva, na Casa Branca, o líder americano não mencionou as acusações feitas por vários países, inclusive o Brasil, de que os EUA estão comprando em massa itens usados no combate ao coronavírus junto à China, reduzindo a oferta global de itens como máscaras e gorros. Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que "demos um passo atrás" na aquisição desses itens fundamentais ao enfrentamento ao covid-19.
— Hoje os Estados Unidos mandaram 23 aviões cargueiros dos maiores para a China, para levar o material que eles adquiriram. As nossas compras, que tínhamos expectativa de concretizar para poder fazer o abastecimento, muitas caíram — afirmou Mandetta. — A gente espera que a China volte a ter uma produção mais organizada, e a gente espera que os países que exercem o seu poder muito forte de compra já tenham saciado das suas necessidades para que o Brasil possa entrar e comprar a parte para proteger nosso povo.