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Governo
18/04/2019 00:00:00

Guedes associa atraso na reforma da Previdência com inexperiência da base

Votação da reforma da Previdência para a próxima semana. Deputados do centrão se mobilizaram para realizar alterações no texto e pressionaram o relator


Guedes associa atraso na reforma da Previdência com inexperiência da base
Ministro Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou o adiamento da votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Para ele, há um grupo de parlamentares novato no Congresso Nacional, que perde com a experiência da oposição. As declarações foram dadas, na tarde desta quarta-feira (17/1), após reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
 
Ele também conversou com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Segundo Guedes, Onyx disse que estava "quase tudo acertado", mas que há "pequenos ajustes". "Até de uma relativa inexperiência. Tem um grupo chegando e tinha um grupo que já estava estabelecido e conhece algumas práticas regimentais. Então, a coisa do ponto de vista político já estava equacionado. Houve um pequeno resvalo na condução dos trabalhos e a coisa foi para terça, mas com expectativa política de que será aprovada", afirmou o ministro da Economia 
 
Os parlamentares da CCJ adiaram a votação da reforma da Previdência para a próxima semana. Deputados do centrão se mobilizaram para realizar alterações no texto e pressionaram o relator, delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), que admitiu que pode modificar alguns pontos do texto. Para o governo, o movimento é uma derrota, porque, além de a equipe econômica defender a celeridade na tramitação da reforma, possíveis mudanças devem desidratar o texto. Antes, as modificações seriam feitas apenas na comissão especial, que é a próxima fase da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara.
 
Sobre as modificações no texto, Guedes disse que a decisão é do parlamento, mas que foi informado de que não caberia a CCJ a decisão de mérito. Ou seja, alterar temas propostos pelo governo. “Tem que analisar a constitucionalidade da coisa”, disse. “Eu acho que na hora de fazer política, não é dentro da Comissão de Constituição. Não seria adequado, mas estou falando sem conhecimento de causa. Não sou político. Da parte técnica, me parece equivocado mexer na potência fiscal ou no mérito e fazer o movimento antes da hora, antes da comissão especial”, defendeu o ministro.
 
Ele ressaltou que isso não é uma estratégia, mas, sim, fazer o que é certo. Além disso, afirmou que a expectativa do governo federal é que a PEC seja aprovado na CCJ na próxima semana. 
 
Correio Braziliense


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