Segundo um estudo divulgado hoje (28), realizado pela agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a adubação verde – prática de se adicionar leguminosas à terra para enriquecê-la com nutrientes – melhora o solo e diminui os danos causados por pragas na cultura do milho, o que reduziria a utilização de agroquímicos e eliminaria a necessidade de se fazer a adubação química e correção do solo.
“No estudo houve um aumento do Ph do solo de 5,6 para 6,0 quando usamos o feijão-de-porco, feijão-mungo e feijão caupi. Isto indica uma melhoria do solo e dispensa o uso de corretivos da acidez, uma vez que o adubo verde já corrigiu”, explicou em nota Edmilson Jose Ambrosano, pesquisador da Apta.
Realizados no polo Regional de Desenvolvimento dos Agronegócios do Centro-Sul, em Piracicaba (SP), os estudos foram feitos com cultivos de adubos verdes em sistemas de plantio direto. A prática influenciou nas características químicas do solo, favorecendo no aumento dos teores de micronutrientes, como o zinco.
Segundo ele, a adubação verde promove primeiramente um equilíbrio sobre os insetos e doenças e, no longo prazo, também melhora o equilíbrio do solo; “sendo assim, a prática traz sustentabilidade ao cultivo, dispensando o uso de agroquímicos e adubos químicos”.
Segundo a pesquisa, o milho orgânico que recebeu o tratamento de adubação verde, em rotação com leguminosas, não precisou de adubação com composto e adubo químicos.
“A adubação verde no milho contribui com a sustentabilidade, a partir do momento em que diminui o ataque de pragas e melhora a fertilidade do solo”, concluiu Ambrosano.