Palangdan disse que os mineradores ignoraram as advertências da polícia antes da chegada do Mangkhut e se abrigaram na mina.
"Pensaram que a área era segura e a transformaram em um centro de evacuação para si próprios. As autoridades tentaram convencê-los de que se fossem embora, mas rejeitaram o aviso", explicou o prefeito em declarações a uma rádio local.
Destruição na China
Depois de devastar a região norte do arquipélago filipino, o tufão atravessou o Mar da China Meridional e passou a uma centena de quilômetros de Hong Kong e perto de Macau.
Neste domingo, o Mangkhut chegou ao sul da China e atingiu a província de Guangdong com ventos de 160 km/h e rajadas de até 195 km/h. Passou primeiro perto de Macau e Hong Kong, uma das cidades mais afetadas, com 213 pessoas feridas e muita destruição.
Uma mulher corre na tempestade enquanto o tufão Mangkhut se aproxima em Shenzhen, na China — Foto: REUTERS/Jason Lee
A emissora de televisão estatal informou que duas pessoas morreram na província de Guangdong.
As autoridades ordenaram a saída de mais de três milhões de pessoas de áreas de risco do sul do país e determinaram o retorno de dezenas de milhares de barcos aos portos. Também suspenderam os serviços de trem de alta velocidade e as aulas.
Em Hong Kong, onde foi emitido alerta máximo antes da chegada do Mangkhut, houve vários danos por causa dos fortes ventos e inundações. O governo local classificou os danos como "graves".
Prédio de Hong Kong teve janelas destruídas pela passagem do tufão Mangkhut neste domingo (16) — Foto: Xinhua via AP
Segundo noticia o jornal "South China Morning Post" nesta segunda, a cidade ficou durante 10 horas com o alerta de advertência mais alto, enquanto "os edifícios mais altos balançavam, as janelas se quebravam e os andaimes se soltavam dos arranha-céus". Também houve queda de árvores e áreas inundadas com água na altura da cintura.
O transporte público foi suspenso, assim como quase 900 voos do Aeroporto Internacional de Hong Kong, um importante centro regional e que pouco a pouco está começando a retomar sua atividade.
Moradores de Hong Hong tiram destroços de destruição causada pela passagem do tufão Mangkhut nesse final de semana — Foto: AP Photo/Vincent Yu
Nesta segunda, os agentes da Proteção Civil retiravam árvores e lama das ruas da cidade, enquanto os moradores passavam por ruas repletas de barro e resíduos para chegar ao trabalho. As escolas permanecem fechadas e muitos ônibus não circulam pela cidade.
Na vizinha Macau, que teve que fechar todos seus cassinos, 20 mil casas sofreram falta de energia elétrica, várias estradas foram alagadas e pelo menos 17 pessoas ficaram feridas.
Mulher observa estrago causado pelo tufão Mangkhut nesta sgunda-feira (17) em Macau, na China — Foto: Vincent Yu/AP Photo
Outras grandes cidades como Shenzhen e Zhuhai também sofreram danos. Em Shenzhen, ondas gigantescas inundaram um hotel à beira-mar.
Próximos passos
O tufão mais grave do ano continua se movimentando para o noroeste da China, mas agora como tempestade tropical, com uma força cada vez menor, afetando as províncias e regiões de Guangxi, Yunnan e Guizhou.
Na província de Guanxi, 228 mil pessoas foram levadas para abrigos e 98 voos foram cancelados em Nanning, a capital da região.
Espera-se que a tempestade tropical se enfraqueça substancialmente quando passar pela região montanhosa que faz fronteira com Vietnã, Laos e Mianmar.
Como se forma um furacão — Foto: Arte/ G1