24/04/2024 16:56:56

Meio Ambiente
21/04/2018 12:06:00

“Fenômenos como este não são comuns”, diz especialista sobre fissuras em residências do Pinheiro


“Fenômenos como este não são comuns”, diz especialista sobre fissuras em residências do Pinheiro

As fissuras que apareceram em diversas moradias e nas ruas do bairro do Pinheiro há cerca de 45 dias ainda tem suas causas desconhecidas. Para tentar entender o que estaria provocando essas rachaduras uma equipe de com representantes da União, do Estado e do Município, seguindo orientação passada por uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), esteve reunida nesta sexta-feira (20), na sede da Prefeitura de Maceió, com integrantes dos órgãos que têm competência sobre o uso do solo.

Segundo informações da assessoria de Comunicação da Pasta, os pesquisadores estão na capital desde ontem (19), quando iniciaram vistorias e levantamentos nos pontos em que houve o registro do fenômeno.

Coordenador do Laboratório de Análises Estratigráficas (LAE) do Departamento de Geologia da UFRN, o professor Francisco Pinheiro, ressaltou ao iniciar a reunião que é fundamental a integração dos entes públicos para que se chegue a um laudo conclusivo referente ao Pinheiro. Segundo ele, trata-se de uma situação rara no Brasil.

“Fenômenos como este não são comuns. É preciso um estudo bastante aprofundado, levantamentos técnicos minuciosos, sobretudo a união de esforços e conhecimentos dos entes públicos e iniciativa privada. A partir disso, a médio ou longo prazo, poderá haver esclarecimentos precisos e definidas as necessidades de intervenção”, disse o especialista, destacando que devido à raridade, nenhum município do País possui um setor específico capaz de diagnosticar as causas de eventos como este.

O professor enfatizou que as causas não devem ser esclarecidas de imediato, visto que é preciso um aprofundamento técnico para entender o fenômeno. Nesta sexta-feira, já teve início o estudo com o georradar GPR, um equipamento para investigação geofísica de subsuperfície para obter informações sobre o solo. “Continuaremos com o monitoramento da região e, a partir das informações obtidas, poderemos esclarecer as causas. Este é um serviço contínuo do qual necessitamos a integração da União, do Estado e do Município para que haja efetividade e maior precisão”, acrescentou, destacando que nenhuma Prefeitura do País tem capacidade.

Além do coordenador do LAE, também estão em Maceió o doutor em geologia Anderson Medeiros Souza, o doutor engenheiro-geólogo Yoe Alain Reys Pers e Washington Luís Evangelista Teixeira, que é engenheiro civil com doutorado em geofísica. Durante a reunião, os pesquisadores da UFRN discutiram tecnicamente sobre a situação para alinhar o monitoramento que deve ser realizado a partir de agora, contanto com o apoio de instituições como a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Além da Defesa Civil de Maceió, participaram da reunião representantes das Secretarias municipais de Desenvolvimento Sustentável (Semds), Infraestrutura (Seminfra), de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet), da Ufal, do Ministério Público Estadual (MPE), do Ministério Público Federal (MPF), da Braskem, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Cesmac e da Defesa Civil Estadual. Estes órgãos e instituições devem compor o grupo de trabalho para a continuidade do monitoramento da situação do Pinheiro.

cada minuto



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 41
Notícias Agora
Google News