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O que era mantido em absoluto sigilo se tornou do conhecimento de toda a sociedade alagoana, que passou – ainda mais – se preocupar com a violência que toma conta do Estado.
Vinte e dois dos 92 considerados os mais perigosos assassinos e traficantes de drogas de Alagoas e que haviam sido encaminhados para cumprirem suas penas nos presídios federais de Catanduvas, no Paraná e Porto Velho, em Roraima, retornaram para Maceió e estão alojados em módulos de segurança no sistema prisional.
Doze deles desembarcaram no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares há cerca de 15 dias e até o final do mês, devem receber a decisão do juiz José Braga Neto, da Vara de Execuções Penais, se permanecem em Alagoas ou serão encaminhados para outro Estado.
Os nomes dos criminosos que retornaram não foram divulgados, mas já é fato que alguns deles tramaram as mortes de magistrados, promotores de justiça, policiais, parlamentares e até do governador Teotonio Vilela Filho.
A decisão para o retorno dos bandidos, segundo o juiz José Braga Neto, foi a expiração do prazo legal para que eles permanecessem em presídios fora do estado.
A transferência de bandidos que estavam no Sistema Prisional de Alagoas teve inicio após a Polícia Civil (PC) e o Ministério Público Estadual (MPE) descobrirem que vários deles – mesmo cumprindo pena em presídios de Maceió e Arapiraca – comandavam “exércitos” a serviço do crime.
A primeira transferência aconteceu em 24 de outubro de 2012, quando treze presos foram transferidos para o presídio federal de Catanduvas.
Foram eles eles: Adelmo de Moura oliveira, o "Galego"; Amauri Barbosa Ferreira, o "Amauri" ou "Ari"; Antônio Nunes Barbosa, o "Nego"; Carlos Fernando Leitão Lins Júnior, o "Júnior Oião"; Edtelmo Nunes, "Telmo"; Genilson Vieira da Silva, o "Esteve" ou "Macumba"; Givanildo Rosa de Souza, "Paulista"; Ivan Lopes da Silva; Ivanildo Barros Ferreira, o Barrinha; José Augusto da Silva Araújo, o "Joaquim"; José de Arimateia Rodrigues de Lima; José Wellington Tavares da Rocha, vulgo "Pardal"; e Washington Felipe dos Santos Alves, acusado de ordenar a morte de agentes penitenciários.
No dia 28 de outubro, mais onze presos foram transferidos para Catanduvas (PR). Foram eles: Leandro dos Santos, o "Paulista"; Lucas Damião Correia Lima, o "Damião Paulista", "Defunto" ou "Pé na Cova"; Luciano Felix da Silva, o "Zé" ou "Mãozinha"; Luciano Soares da Rocha, o "Shrek" ou "Lu do Bloco"; Luiz Ribeiro de Souza, o "Coroa" ou "Cabeça de Índio"; Marcelo dos Santos, o "Neguinho"; Marcelo Pereira dos Santos, o "Marcelo Neguinho"; Márcio Januário de Farias, o "Bruxo"; Marcos dos Santos Pinto, o "Marcos Barriga"; Patrick Luiz de Araújo e Sérgio Simões da Silva.
No mesmo ano, devido a confirmação que mais presos permaneciam no comando externo de ações criminosas, o Governo do Estado conseguiu a transferência de mais 20 dos perigos bandidos.
A transferência aconteceu em 17 de setembro quando o grupo deixou Alagoas com destino a penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Os presos foram: Alexandre Paulo de Santana, o “Gordo”; Adeilson José da Silva, o “Pernambuco”, “Marcelo Pé” ou “Barnabé”; Cicero Gomes da Silva; Cleber Vieira da Silva; Constantino Carlos Donizeti Gizzi; Dione Dutra de Carvalho, o “Dione”; Edcarlos da Silva; Jailson José Paes de Freitas Júnior, o “Júnior Boca”; Jerfferson Thyago Viana Leite, o “Juca”; José Edvaldo Nunes dos Santos, o “Tita”; José Marques Lisboa; Josivan da Silva, o “Pelé”; Julio Ribeiro dos Santos, o “Keke”; Mailson Santos da Silva, o “Carioca”; Marcos Roberto da Silva, o “Suave”, “Marquin”, “HO” ou Vinícius Santana; Rafael Cavalcante Gomes, “Rafa”; Ulisses Fortunato Pereira da Silva, o “Tiozinho”; Wellmanderson Carlos da Silva Dias,”Dudu da Pena”; Wendell Vieira Gomes; e Wilson Marques de Albuquerque, o “Galeguinho”.
