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13/12/2025 19:00:00

Relatório do IMA aponta alto índice de praias alagoanas adequadas para o lazer aquático

Maioria das áreas costeiras apresenta condições ideais para banho, com algumas exceções pontuais

Relatório do IMA aponta alto índice de praias alagoanas adequadas para o lazer aquático

De acordo com o levantamento mais recente divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), na última sexta-feira, 12 de dezembro, a maior parte das praias ao longo do litoral do estado encontra-se apta para o banho. O estudo analisou 68 pontos diferentes, dos quais apenas cinco apresentaram níveis de contaminação acima do permitido. As amostras de água foram coletadas na data de 9 de dezembro por equipes técnicas do órgão ambiental, abrangendo praias desde o Pontal do Peba, na região sul, até Maragogi, no litoral norte. Após análise laboratorial, o IMA autorizou a utilização de 63 áreas para banho, indicando que cinco pontos necessitam de precauções ou devem ser evitados.

Praia Patacho | Foto: Lucas Meneses/Ascom Setur

O relatório destaca que a zona costeira do Sul mantém o melhor desempenho em termos de qualidade ambiental. Das 23 áreas avaliadas nesta região, apenas uma — localizada na foz do Rio Niquim, na Barra de São Miguel, a aproximadamente 300 metros da desembocadura — foi considerada imprópria para banho. O padrão histórico da região, caracterizado por baixos índices de poluição, reforça essa constatação. Na capital, o cenário revela maior preocupação. Entre os 20 trechos inspecionados, dois apresentam condições adversas para o lazer aquático. O IMA recomenda que os banhistas evitem a praia da Avenida, devido à proliferação de algas e ao descarte de esgoto doméstico, assim como uma seção da praia da Ponta Verde, localizada em frente à Avenida Silvio Carlos Viana.

 

Na região Norte do litoral, também foram identificados dois trechos considerados impróprios em Maragogi, sendo eles a foz do Rio Maragogi e o trecho em frente à desembocadura do Rio Persinunga. Confira o boletim atualizado com o estado das praias alagoanas

O estudo também avaliou dez pontos situados em lagunas do estado, dos quais quatro mostraram níveis de contaminação que os qualificam como impróprios para o uso recreativo.

Conforme os critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 274/2000, uma praia é considerada apta para o banho quando, em pelo menos 80% das amostras coletadas nas últimas cinco semanas, o índice de Escherichia coli não ultrapassa 800 NMP por 100 mL. Caso esse limite seja excedido ou o valor da última semana seja maior que 2.000 NMP/100 mL, a área é automaticamente classificada como imprópria.

Embora algumas regiões de Maceió tenham sido classificadas como adequadas, o IMA alerta os banhistas para evitarem áreas sob influência de proliferação de algas, especialmente entre a Avenida e o bairro Sobral. Essa recomendação deve ser considerada durante o ano todo.

Além disso, o órgão ambiental recomenda que o público evite banhar-se nas lagunas ou próximas a cursos d’água contaminados até 24 horas após períodos de chuva, pois esse período aumenta a presença de matéria fecal na água, elevando o risco de doenças infecciosas.