A dengue, frequentemente denominada de 'febre quebra-ossos', apresenta sintomas iniciais bastante intensos que podem incapacitar o indivíduo. Segundo o infectologista Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan e colaborador do CNN Sinais Vitais, os primeiros sinais avançam com febre elevada, dores musculares intensas, fadiga excessiva e sensação de mal-estar generalizado.
Kallás adverte que uma fração dos infectados pode evoluir para formas mais severas da doença. "Nos estágios iniciais, observamos sinais de alerta tais como pequenos sangramentos superficiais, dor abdominal persistente, vômitos frequentes e desidratação", explica.
Quando esses indicativos aparecem, há risco de complicações mais graves, como hemorragias extensas, queda de pressão arterial e choque. "Apesar de essa porcentagem ser relativamente pequena, a vasta quantidade de pessoas infectadas, que atinge milhões, torna esse pequeno percentual em uma quantidade expressiva", ressalta o especialista.
No que se refere ao tratamento, a prioridade deve ser o alívio dos sintomas e a reposição de líquidos. Kallás recomenda o uso de medicamentos analgésicos como paracetamol ou dipirona para controlar febre e dores, evitando anti-inflamatórios, conforme orientação do Ministério da Saúde. "A hidratação é o procedimento mais crucial.
A orientação que damos para todos é manter a urina clara, indicando que o corpo está recebendo líquidos na quantidade adequada, com saída em quantidade proporcional", afirma. Além disso, é imprescindível procurar assistência médica ao notar sinais de agravamento. O especialista reforça a importância de não fazer automedicação e de monitorar cuidadosamente o desenvolvimento dos sintomas.
Caso surjam sinais como sangramentos, vômitos constantes ou dores abdominais intensas, o atendimento médico imediato é fundamental. Uma intervenção ágil pode evitar complicações sérias e salvar vidas.