Durante a madrugada deste sábado (29), ações militares da Rússia contra a Ucrânia resultaram na morte de três civis, quase trinta feridos e deixam aproximadamente 600 mil residências sem fornecimento de energia elétrica, conforme informações oficiais do governo ucraniano.
O presidente do país, Volodymyr Zelensky, declarou que Moscou empregou 36 mísseis e quase 600 drones na ofensiva, com foco principal na cidade de Kiev. No começo desta semana, outro ataque russo deixou nove vítimas fatais na mesma cidade. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, compartilhou sua opinião nas redes sociais, afirmando: “Enquanto as negociações de paz continuam, a Rússia prossegue com seu ‘plano de guerra’ de dois passos: matar e destruir”.
Essas ações violentas ocorrem em um momento em que o país tenta avançar em negociações diplomáticas para estabelecer um acordo de paz, encerrando um conflito que já dura quase quatro anos, iniciado em fevereiro de 2022. Hoje, uma delegação ucraniana partiu rumo aos Estados Unidos para uma nova rodada de diálogos.
Liderada pelo secretário do Conselho de Segurança, Rustem Umerov, a equipe substitui o ex-negociador principal, Andriy Yermak, que deixou o cargo na última sexta-feira (28), após ser alvo de uma operação contra corrupção.
No Mar Negro, uma fonte do Serviço de Segurança ucraniano revelou à agência Reuters que o país atacou duas embarcações russas que operavam para contornar sanções internacionais e facilitar a exportação de petróleo.
Essas embarcações faziam parte da chamada “frota fantasma” russa. Segundo a Turquia, as explosões atingiram duas dessas embarcações próximas ao Estreito de Bósforo nesta sexta-feira (28).
Operações de resgate foram iniciadas para salvar os tripulantes a bordo. Um oficial ucraniano, cuja identidade não foi revelada, afirmou que o ataque representa um impacto considerável na logística do petróleo russo, sendo um golpe relevante ao transporte da commodity.