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As autoridades de Hong Kong informaram nesta quinta-feira (27/11) que o saldo de mortos causado pelo grande incêndio em um condomínio localizado no distrito de Tai Po subiu para 75. Além dos óbitos, a tragédia deixou mais de 200 desaparecidos e 72 feridos, muitos em condição grave.
Três indivíduos, com idades entre 52 e 68 anos, foram detidos sob suspeita de homicídio culposo, embora ainda não haja confirmação da ligação desses suspeitos com o incidente.
A equipe de emergência mobilizou mais de 140 veículos, além de mais de 800 bombeiros e socorristas, para combater as chamas e resgatar vítimas. Drones também foram empregados na operação de controle do fogo, que destruiu sete torres do empreendimento Wang Fuk Court.
Este complexo residencial, que cobre uma área com 1.984 unidades habitacionais e abriga aproximadamente 4 mil residentes, foi seriamente afetado. O governador John Lee visitou os feridos hospitalizados e a família de um bombeiro que faleceu na ação.
Ele também anunciou que oito centros de abrigo temporário estão acolhendo cerca de 900 moradores impactados pela tragédia. O edifício em questão estava passando por uma renovação avaliada em HK$ 330 milhões (US$ 42 milhões), um projeto que gerou insatisfação entre alguns moradores no ano anterior.
O incêndio teve início nos andaimes de bambu instalados na fachada de diversos andares. Segundo o diretor do corpo de bombeiros de Hong Kong, Andy Yeung Yan-ki, a presença de poliestireno expandido, utilizado como isolamento térmico, facilitou a rápida propagação das chamas pelos prédios, atingindo apartamentos pelos corredores.
Ainda de acordo com Yeung, a utilização de materiais como esse nos andaimes de bambu, uma prática comum devido ao baixo custo, levanta preocupações constantes sobre a segurança dessas estruturas. O fogo na área reforça o alerta sobre os riscos associados à manutenção e segurança dessas construções tradicionais na cidade.
