O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicativo antecipado da inflação oficial, apresentou uma variação de 0,20% em novembro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26/11).
Com esse resultado, o índice acumula uma alta de 4,15% ao longo do ano e de 4,50% nos últimos doze meses. Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, a maioria, sete categorias, registrou aumentos em novembro.
O principal fator que puxou o índice para cima foi o crescimento nos gastos com despesas pessoais, que subiram 0,85%. O segmento de alimentação e bebidas, que possui maior peso no IPCA-15, voltou a registrar alta, de 0,09%, quebrando uma sequência de cinco meses de queda.
Apesar disso, o setor de alimentos consumidos em casa manteve uma queda de 0,15%. Os preços tiveram contribuições variadas: diminuições no leite longa vida, arroz e frutas, enquanto itens como batata inglesa, óleo de soja e carne tiveram aumentos. Já a alimentação fora do lar acelerou para uma alta de 0,68%, impulsionada pelos custos de refeições e lanches. Seguindo na lista, os setores de saúde e cuidados pessoais tiveram avanço de 0,29%, impulsionado principalmente por um aumento de 0,50% no plano de saúde.
Os transportes, por sua vez, tiveram aumento de 0,22%, destacando-se uma elevação de 11,87% nas passagens aéreas, o maior impacto individual no índice de novembro. Para o próximo ano, a meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual acima ou abaixo, permitindo uma variação entre 1,5% e 4,5%.
Os dados do IPCA-15 acumulado indicam que a inflação deve permanecer dentro desse intervalo até o encerramento de 2025. Apesar de algumas pressões pontuais em serviços e passagens aéreas, o cenário inflacionário permanece relativamente sob controle, apoiado, principalmente, pelo desaquecimento nos preços dos alimentos consumidos em domicílio.