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Geral
23/04/2024 19:00:00

Estado tem 72h para informar sobre desapropriação de terreno que substituirá Portugal Ramalho

Ação civil pública evidencia urgência na construção do novo Complexo de Saúde Mental


Estado tem 72h para informar sobre desapropriação de terreno que substituirá Portugal Ramalho

Tribuna Hoje

Em uma audiência judicial ocorrida na última sexta-feira, dia 19, a Justiça Federal deu ao Estado de Alagoas um prazo de 72 horas (a contar desta segunda-feira, dia 22) para informar sua decisão sobre a desapropriação do terreno escolhido pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) para a construção do novo Complexo de Saúde Mental, que substituirá o Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR).

Durante a audiência, realizada no âmbito de uma ação civil pública ajuizada em conjunto pelos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MP/AL) e pela Defensoria Pública da União (DPU), ficou evidente a urgência na construção do novo Complexo de Saúde Mental, que deve seguir as diretrizes modernas e atualizadas para o setor. Atualmente, a política pública de saúde mental não está sendo integralmente cumprida, tornando essencial a construção do novo complexo.

Além da desapropriação do terreno, serão necessárias várias licenças e autorizações para o início das obras, que podem durar até 24 meses.

A responsabilidade pela construção do novo Complexo de Saúde Mental, que inclui a regularização da obra, cabe à Braskem, que também deve arcar com a reparação pelo dano causado ao patrimônio público afetado pelo afundamento do solo.

Para as instituições envolvidas, aplica-se o entendimento do STF quanto às políticas públicas de saúde, onde a discricionariedade do agente político é mínima em prol da eficiência que deve ser máxima. "Os próprios servidores já paralisaram e a saúde não pode aguardar. Há todo um percurso até a efetiva entrega do equipamento, quanto mais demorar maior o perigo de colapso da saúde mental em Alagoas".

Ação civil pública

No último dia 5 de abril, MPF, DPU e MP/AL ajuizaram uma ação contra a Braskem, o Estado de Alagoas e a Uncisal porque – apesar de vencidas todas as etapas técnicas e jurídicas para a celebração de um acordo entre as partes – o Estado de Alagoas não avançou sobre as providências que lhe cabe, inviabilizando a concretização da construção, sem apresentar justificativas técnicas claras para tanto.

O longo período para encerramento das tratativas entre Estado de Alagoas e Braskem torna a situação da assistência à saúde mental em Alagoas ainda mais crítica, considerando que o hospital está em funcionamento com danos estruturais e riscos à segurança dos pacientes, estudantes e servidores.



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