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23/04/2024 12:00:00

Por que real foi moeda que mais se desvalorizou neste mês entre países do G20


Por que real foi moeda que mais se desvalorizou neste mês entre países do G20

BBC News Brasil

O real se desvalorizou 4,5% no mês de abril — mais do que qualquer outra moeda entre os países do G20.

As moedas que mais chegaram perto do real em desvalorização em relação ao dólar foram o iene japonês, o rublo russo, o peso mexicano e o won coreano — todos com desvalorização de 2%.

Já outras moedas como o euro e a libra esterlina se desvalorizaram menos que 1% contra o dólar americano no mesmo período.

Nesta semana, os mercados em todo o mundo sofreram com alguns choques econômicos que abalaram a confiança dos investidores. No Oriente Médio, um ataque com mísseis e drones do Irã a Israel aumentou temores de uma escalada de violência regional.

E nos Estados Unidos, autoridades monetárias sinalizaram que as taxas de juros do Federal Reserve (o Banco Central americano) devem cair mais lentamente do que analistas de mercado imaginavam.

E nos Estados Unidos, autoridades monetárias sinalizaram que as taxas de juros do Federal Reserve (o Banco Central americano) devem cair mais lentamente do que analistas de mercado imaginavam.

Real mais desvalorizado que as demais moedas

O ministro da Economia, Fernando Haddad, sugeriu esta semana que o cenário internacional "explica dois terços" da desvalorização do real no Brasil.

No entanto, o real brasileiro se desvalorizou muito mais do que as demais moedas no mundo neste mês.

Analistas de mercado dizem que um grande fator da desvalorização do real foi o anúncio feito nesta semana pelo governo brasileiro de que não pretende cumprir as metas de superávit fiscal no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que termina no final de 2026.

As contas do governo têm impacto nos juros e na cotação da moeda nacional.

Quando o governo arrecada mais do que gasta, ele produz o chamado superávit fiscal — o que contribui para a queda do endividamento público do Brasil. Esse menor endividamento contribui para reduzir preços, juros e custos na economia.

A combinação dos cenários externo (queda mais lenta dos juros americanos) e doméstico (anúncio do abandono da meta de superávit para os próximos dois anos) fez com que o mercado mudasse suas previsões para o futuro no boletim Focus, o levantamento semanal feito pelo Banco Central brasileiro.

Os agentes de mercado acreditam agora que a taxa Selic — o juro referência na economia brasileira — vai terminar o ano em 9,13%, em média.

Na semana passada, a projeção era de 9%. A projeção da cotação do dólar para o final de ano subiu de R$$ 4,95 para R$ 4,97.



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