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Economia
17/04/2024 12:00:00

Economistas alertam para dificuldades na recuperação fiscal do Governo

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 apresentado pelo governo federal, nesta segunda-feira (15), gerou ceticismo entre analistas e incertezas com relação à possibilidade de entrega dos números previstos pelo Ministério do Planejament


Economistas alertam para dificuldades na recuperação fiscal do Governo

Agora Notícias Brasil

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 apresentado pelo governo federal, nesta segunda-feira (15), gerou ceticismo entre analistas e incertezas com relação à possibilidade de entrega dos números previstos pelo Ministério do Planejamento.

Na avaliação de Felipe Salto, economista-chefe da Warren, ao analisar o cenário atual das contas públicas e sua trajetória, o país deve alcançar, de fato, o déficit zero apenas em 2032.

“Entendemos que nossos cenários continuam mais prováveis, neste momento, partindo-se de um déficit primário de 0,79% do PIB, em 2024, 0,77% do PIB, em 2025 e atingindo o zero apenas entre 2032 e 2033”, diz Salto, que atrela esse resultado ao compromisso com as premissas e os mecanismos do Marco Fiscal, em um contexto sem alterações que comprometam os acionamentos dos gatilhos para ajuste e controle das despesas.

O economista explica ainda que, na prática, considerando os limites de tolerância da meta fiscal, de 0,25% do PIB, para cima ou para baixo, o déficit fiscal pode alcançar até 0,57% do PIB que “que ainda assim estará cumprindo a lei, a meta”.

Seu cálculo leva em consideração os abatimentos dos precatórios excedentes ao antigo limite constitucional de gastos. A medida foi aprovada no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma impacto fiscal de cerca de R$ 200 bilhões em 2027.

Além disso, Salto cita a alteração aprovada pela Câmara no artigo 14 da Lei Complementar 200, que antecipa a liberação de gasto extra para 2024 e eleva a despesa federal também nos próximos anos.

“Com os abatimentos de precatórios em 0,32% do PIB, pode-se entregar um déficit primário de até 0,32% do PIB que, mesmo assim, a meta zero estará cumprida. Como a banda inferior é -0,25% do PIB, fixada na Lei Complementar 200, do arcabouço fiscal, o déficit pode chegar a até 0,57% do PIB e mesmo assim a meta estaria cumprida. Não é, definitivamente, um bom sinal”, explica o especialista.

 

 



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